25.4.24

Eu, cidadã em democracia - Açucena Alijaj, com a READ ON Portugal

 Não podia ter sido em melhor dia a divulgação dos prémios do Concurso de Escrita Criativa, da READ ON Portugal, do qual a aluna Açucena Alijaj, do 11.º H, sai vencedora na categoria Língua Estrangeira (Escalão B). Recebe o 1.º Prémio e o seu texto pode ser lido aqui, conforme primeiramente o partilhou, ou no site da RBE, onde se divulgam os resultados:


https://www.rbe.mec.pt/np4/read-on-portugal-escrita-criativa-2024-le-B-1.html

My Citizen's Compass: finding democracy amidst turmoil.

As I stand on the cusp of adulthood, sailing at the brink of sixteen going on seventeen, I cannot help but feel the weight of history pressing on my shoulders. A history shaped by the struggles and sacrifices of those who came before me, including my own father, a Kosovar Albanian who bore witness to the tyranny of Serbia and fought relentlessly for freedom.

And yet, despite the scars that still linger, he emerged from the darkness with his spirit unbroken. His resilience and determination serve as a beacon of inspiration, guiding me through the tumultuous waters of adolescence and into the murky depths of adulthood.

In the dockyard of ideas, where thoughts collide and opinions intermingle, democracy flourishes. In my view of the world, dissent is not silenced but celebrated, for it is the crucible in which progress is prepared. From the quiet whispers of discord to the thunderous roar of protest, every voice finds resonance in the prows of democracy.

As I look out upon the world around me, I cannot help but feel a sense of disillusionment creeps in. Countries are still at war and conflicts rage unchecked while lessons from the past seem to fall on deaf ears; Where do I fit in?

I am grateful to live in Europe, in Portugal, where the seeds of democracy were sown amidst the mostly peaceful Carnation Revolution. Here, I am lucky enough. I have the right to participate in the democratic process so many fought and died to protect.

Yet, even amid this privilege, I find myself adrift, unsure of where to cast my ballot. In a landscape dominated by extremism and polarization, where young people are either detached from politics or too politicised, it's hard to find adults in power that truly represent my values and beliefs.

Nonetheless, I refuse to succumb to despair. I may not have all the answers, and the road ahead may be fraught with challenges, but I am determined to carve out my own path, guided by the lessons of the past and fuelled by the hope of a better future.

When I step into the voting booth for the first time, I will do so with a sense of purpose and determination. For I may be just one voice among many, but I refuse to grow complacent in the face of injustice. My vote will be my way of honouring the sacrifices of those who came before me, and of shaping the world that I want to live in.

It is dawn here. The page is no longer blank. Here's to being almost seventeen, to the age of possibility and potential. Here's to being a citizen in a world still at war, where the path forward is uncertain, but where the North Star of democracy burns bright. Here’s to following a direction marked not by magnetic poles, but by the principles of justice, equality, and freedom.

                                                                         Açucena Alijaj, 11ºH 

Tradução (gentilmente realizada e cedida pela própria autora):

A minha bússola de cidadania: encontrar a democracia no meio da turbulência.

Quando estou prestes a alcançar a idade adulta, navegando no limite dos meus dezasseis anos, quase dezassete, não consigo deixar de sentir o peso da história a pressionar os meus ombros. Uma história moldada pelas lutas e sacrifícios daqueles que vieram antes de mim, incluindo o meu próprio pai, um Albanês do Kosovo que testemunhou a tirania da Sérvia e lutou incansavelmente pela liberdade.

E no entanto, apesar das cicatrizes que ainda persistem, ele emergiu da escuridão com o seu espírito intacto. A sua resiliência e determinação servem como um farol de inspiração, guiando-me pelas águas tumultuosas da adolescência e em direção às profundezas turvas da idade adulta.

No cais das ideias, onde pensamentos colidem e opiniões se entrelaçam, a democracia floresce. Na minha visão do mundo, a divergência não é silenciada, mas celebrada, pois é nesse cadinho que o progresso é preparado. Desde os sussurros silenciosos do desacordo até o rugido ensurdecedor do protesto, cada voz encontra ressonância nas proas da democracia.

Ao olhar para o mundo que me rodeia, não posso deixar de sentir um certo desencanto a infiltrar-se sorrateiramente. Há países ainda em guerra e conflitos rugem sem controle, enquanto as lições do passado parecem cair em ouvidos surdos; e eu, onde me encaixo?

Sou grata por viver na Europa, em Portugal, onde as sementes da democracia foram plantadas no meio da essencialmente pacífica Revolução dos Cravos. Aqui, tenho essa sorte. Tenho o direito de participar do processo democrático pelo qual muitos lutaram e morreram para o proteger.

No entanto, mesmo no meio desse privilégio, vejo-me à deriva, sem saber onde lançar o meu voto. Numa paisagem dominada pelo extremismo e pela polarização, onde os jovens estão ou desligados da política ou excessivamente politizados, é difícil encontrar adultos no poder que realmente representem os meus valores e crenças.

No entanto, recuso-me a sucumbir ao desespero. Posso não ter todas as respostas, e o caminho pela frente pode estar repleto de desafios, mas estou determinada a abrir o meu próprio caminho, guiada pelas lições do passado e alimentada pela esperança num futuro melhor.

Quando entrar na cabine de voto pela primeira vez, farei isso com um sentido de propósito e determinação. Pois posso ser apenas uma voz entre muitas, mas recuso-me a ser complacente diante da injustiça. O meu voto será a minha forma de honrar os sacrifícios daqueles que vieram antes de mim e de moldar o mundo no qual quero viver.

Amanhece por aqui. A página já não está mais em branco. Aqui, quase a completar dezassete anos, na era da possibilidade e do potencial. Aqui estou eu, uma cidadã num mundo ainda em guerra, onde o caminho a seguir é incerto, mas onde a Estrela Polar da democracia brilha intensamente. Aqui estou eu,  a seguir uma direção marcada não pelos polos magnéticos da bússola, mas pelos princípios de justiça, igualdade e liberdade.

                                                          Açucena Alijaj

23.4.24

Shakespeare e o Dia Mundial da Língua Inglesa.

 No dia 23 de abril comemora-se o Dia Mundial da Língua Inglesa, como forma de promover o multilinguismo e a diversidade cultural. A data foi escolhida em homenagem ao escritor britânico William Shakespeare, que se supõe ter nascido nesta data há 450 anos. 


 No English Corner da Biblioteca, damos espaço a este autor e à sua obra, hoje, que também é Dia Mundial do Livro e dos Direitos de Autor.




DIA MUNDIAL DO LIVRO

  No ano em que se assinalam os 500 anos do nascimento de Camões, a Direção-Geral do Livro, dos Arquivos e das Bibliotecas homenageia o poeta através do cartaz comemorativo do Dia Mundial do Livro 2024, concebido por Luís Mendonça/Gémeo Luís. 


 O Dia Mundial do Livro é comemorado, desde 1996 e por decisão da UNESCO, a 23 de abril. 

Na Biblioteca, comemoram-se os livros, comemoram-se os autores e comemora-se abril!





19.4.24

Gabriel García Márquez - Autor do Mês

 Gabriel José García Márquez foi um escritor, jornalista, editor, ativista e político colombiano. Considerado um dos autores mais importantes do século XX, foi um dos escritores mais admirados e traduzidos no mundo, com mais de 40 milhões de livros vendidos em 36 idiomas. Tendo nascido a 6 de março de 1927 e falecido a 17 de abril de 2014, é o autor destacado na nossa Biblioteca este mês. 
 Não deixem de apreciar a bibliografia disponibilizada deste Nobel da Literatura  de 1982.


15.4.24

Novos títulos, novas propostas de leitura!

 Acabadinhos de catalogar, e prontos para serem requisitados, estão os novos livros, as mais recentes aquisições da BE da ESRT! 

  Esperam por ti na mostra "Leva-me contigo!" - propostas para requisição domiciliária. 



BOAS LEITURAS!

22.3.24

Encontros com autores

Na quarta-feira, dia19, precisamente a meio da Semana da Leitura, tivemos a honra de receber a autora (e ex-aluna desta escola) Raquel Vaz. À conversa com a mesma, sobre os seus livros e temáticas de eleição, estiveram os alunos do 11.ºC e do 11.ºE.


Hoje, para terminar com "chave-de-ouro", foi dia de conhecer melhor Jeannine Johnson Maia. Atentos às suas partilhas, nomeadamente no que se refere  às suas fontes de inspiração e ao seu curioso processo criativo, estiveram os alunos do 10.ºO, do 11.ºM e do 11.ºN. A receber, a apresentar a autora e a acompanhar a sessão, em representação do Clube de Leitura e Escrita da ESRT, estiveram as alunas Érica Larouca, Idalina Marques, Patrícia Santos e Sara Costa, do 12.ºJ.


A coleção da nossa Biblioteca acabou enriquecida com os livros das duas autoras.